Porque "ser inteligente" pode ser tão problemático

A inteligência faz parte da humanidade desde os primórdios, quando usaram a madeira para acender fogo desde a primeira vez. E agora, como ela é usada? Como nós temos lidado com ela? Observando quem se diferencia dessa forma, tanto entre conhecidos, como até mesmo aqui na internet, eu fiz esse artigo pensando em uma maneira de acrescentar pontos que acho super úteis nessa questão, e que me aliviam. Tudo tem seus prós e contras, e, desta vez, estamos falando de algo muito importante e sensível, que nos acompanhará para toda a vida. Veja como a esperteza e sabedoria são definidas, e o que fazer se você se sente inteligente demais.

Mulher, arte, van gogh

Eu sou inteligente?

O que define um ser inteligente? Esse termo me parece menosprezar todo o resto da humanidade "que não se encaixa nele". Todos nós somos inteligentes em certos momentos, cada um da sua forma. É o que eu acho. Porque vejo demonstrações de esperteza todo dia, vindo das mais variadas pessoas. Todos os seres racionais agem de maneira pensada, às vezes por impulso, porque é o que momentos rápidos pedem. E até dá para incluir animais como exemplo de atitude inteligente, quando um sabe a hora de fugir, evitando sua própria morte! E claro, se eu digo "todos", não posso excluir as exceções. Bom, até mesmo quem tem condições orgânicas derivadas de um cérebro meio inativo por complicações de saúde, também tem sentimentos, que são praticamente os guias para o cérebro funcionar. O sistema límbico é a área do cérebro responsável pelas emoções, estas que por si derivam os comportamentos sociais. Está localizado no interior do cérebro, o que possibilita que as outras áreas do órgão, como a de respostas rápidas, haja conforme o comando do impulso reservado na memória e o grupo de gatilhos particular de cada ser.


Emoções, cabeça
Emoções comandando a cabeça | Foto por: cdd20 - Pixabay


Será que uma pessoa inteligente é inteligente o tempo todo? Bom, como todos nós somos sujeito à erros, e inteligente é aquele que toma a melhor decisão, é quase certo que todos erremos no que desconhecemos, principalmente na primeira vez. É bem provável que um ser humano "não-inteligente" provida de mais experiência guie uma mais inteligente em um certo trabalho. E assim é a vida, nós conquistamos metas através de esforço, concepção, sentimento, esperteza, e, às vezes, apenas circunstâncias por si só. Não se preocupe caso algo pareça estar diferente de como deveria ser, você sabe quem você é, e que assim como você tem seus castigos, terá suas recompensas.

Diferença entre inteligência, esperteza e sabedoria

A inteligência, esperteza e sabedoria são os três pilares que nos fazem ter a vida e a concepção de mundo mais aprimoradas, nossos guias para enfrentar o mundo da forma como gostamos: entendendo-o. Mas qual a diferença entre as três? Vamos analisar as distintas definições de inteligente, esperto e sábio, fazendo uma reflexão.
  • Inteligente: aquele que age e concebe ideias pensando nos acontecimentos, ações e envolvidos, prezando pelo resultado, e escolhendo a melhor decisão através de seu filtro sobre o que será mais adequado.
  • Esperto: aquele que tem raciocínio bem rápido, e os coloca em prática quase imediatamente quando a ação pede.
  • Sábio: aquele que já tem a esperteza e a inteligência acoplados quando se trata de um assunto, e que provavelmente a sabedoria desse assunto pode ser transferida para outros assuntos. É o último grau do conhecimento.
"Intellegentia, experior, sapientia". Dessas três palavras em latim provem definições que agregam nos significados acima: a primeira, se refere ao discernimento, conceito, ideia. A segunda, se refere ao ato de experimentar, testar, provar. Já a terceira se refere à mescla dos dois anteriores, resultado da soma entre a teoria da inteligência e a prática da esperteza. A sabedoria não é generalizada, ou seja, pode haver sabedoria e tolice ao mesmo tempo, na mesma situação, até que atinjamos um ponto de controle não-controlado de harmonia com o mundo. Mas o conceito de sabedoria faz juz à como ela é na prática: a vivência e a adaptação entre conhecer a si mesmo e aos que te rodeiam, faz com que você forme um jeito de ver certo assunto, sobre a ótica da sensatez, com menos egoísmo e mais calma.


Pensando, homem
Muitas coisas a se pensar | Foto por: Tumisu</a- / Pixabay

Na prática: interesses muito bem claros

Um dos grandes problemas de "ser inteligente" é se deparar com momentos onde você se sente perdido sobre o que quer e o que está fazendo da sua vida devido ao amplo leque de possibilidades existentes. Diante disso, é bom lembrar que se você está entediado o tempo todo, é bom resolver resolver isso primeiro em sua mente, porque problematizar o resto do mundo não irá ajudar, já que você não pode agir por eles enquanto segue suas próprias escolhas. Como por exemplo é o que acontece: Em certa situação, a galera começa a agir com algo que não te interessa. Aí te dá um desânimo existencial, dá para pensar que não nasceu para socializar. Como gostaria de ser um pássaro-humano e poder ficar animado com todas as novas atitudes tomadas pelos outros, batendo as asinhas. Se auto conhecer e saber o que quer é ótimo, um sinal de que você pode se sentir muito completo com você mesmo e com toda a sua vida. É o primeiro passo para evitar o que te não acrescenta. Na teoria, tudo pode te acrescentar, mas já que estamos considerando não ser de seu interesse, por que continuar? Não digo fugir, quero dizer para avaliar melhor em como você gasta seu tempo.

O que fazer

  1. Tente respirar fundo, pensar em como o oxigênio está te ajudando a manter-se vivo, e sentir a leveza do ar.
  2. Olhe para as pessoas em sua volta, elas têm coisas em comum com você.
  3. Elas certamente gostam de algo que você também gosta. Lembre-se disso.
  4. E vai ser menos decepcionante se você sair com pessoas que sabe que irão te manter animado.
  5. Às vezes não é o momento da sua vida, da sua personalidade, para entrosar com todas que te chamam.

De qualquer forma, o problema dos declarados inteligentes é justamente o afastamento. Óh, o quão difícil é conviver com quem não vê o que eu vejo! Sabia que isso é natural? Em todos os grupos sociais de seres humanos, mesmo com muitos gostos em comum, o não-entender é de presente necessidade, pois não somos completamente iguais ao outro, portanto, não o conhecemos completamente. Isso não é do que nos orgulhamos, de sermos únicos?
  • Para uma convivência harmônica, veja os pontos que você tem em comum com quem quer conviver.
  • Quando se sentir entediado, chame para fazer alguma ação, proponha uma atividade criativa, e isso irá deixar todos felizes, ou pelo menos, agitados.
Um dos grandes problemas derivados do reconhecimento da inteligência é a frustração em esperar que os outros façam o que você considera coerente.
  1. Eu tento ver isso de maneira suave, pensando na existência daquela pessoa.
  2. As ações delas são derivadas das emoções, e vão seguir os próprios princípios.
  3. Entendendo o porquê dos outros fazerem algo dá um certo alívio.
  4. Lembre-se, o mundo é muito maior do que sentimos. Nós estamos parados no momento agora.

Experiência

Repararam que a experiência é o pilar de todo o conhecimento? Não só realizada por nós, os praticantes, como também por quem nós estamos perto, uma experiência observada. Algumas vezes, mesmo com a experiência, as soluções para lidar melhor com a questão não vem à tona. Acontece, e pode ser que no futuro, elas venham. Tenho certeza que a experiência prática ou teórica ajuda todos a chegarem na conclusão. Sendo assim, partindo do ponto onde inteligência é teórica, esperteza é prática, e sapiência é o conhecimento do mundo o compreendendo e fazendo parte dele, que tal nós começarmos a pensar sobre tudo o que nos rodeia, o que nos incomoda, o que nos alegra, o que é importante, escrever e colocar em prática para nos sentirmos mais vivos?

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