Estudo de Harvard sobre natureza da humanidade dura 75 anos

Pesquisadores estudaram voluntários desde a juventude 👦 até a velhice🧓 passando por longos anos de observação para verificar o que realmente nos faz feliz na prática.


Amar é essencial, segundo estudo | Foto: un-perfekt - Pixabay


Como funciona a pesquisa

724 homens foram estudados por 75 anos.
A cada ano, recebiam perguntas sobre o andamento de sua vida, nos variados campos: trabalho, vida doméstica, saúde.
60 homens que participaram do estudo ainda estão vivos, e tem em média 90 anos.


Só tem homens

Só há homens na pesquisa pois a universidade de Harvard era restringida à esse sexo para alunos da época.
Depois de anos, a equipe se retratou, dizendo "é, devemos incluir mulheres".


Longa duração


A pesquisa sobre o que acontece com o emocional de alguém com o passar dos anos é proporcionalmente madura em duração:

Também chamado de Grant Study, "estudo do vovô" é a pesquisa mais longa sobre a vida adulta já feita.

Estudos desse tipo geralmente acabam em 10 anos, por dois motivos: ou o dinheiro acaba, ou os envolvidos abandonam o projeto trocando por algo que consideram valer mais a pena.

É incrível esse trabalho perdurar ativo até hoje. 
As causas dessa longitude são os personagens de alto status que participam como voluntários da pesquisa, assim como o financiamento de instituições privadas, também fazendo parte os: Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, seguidos do Instituto da Saúde Mental e Instituto Nacional do Envelhecer.



É confiável?


A seriedade dessas informações não se baseia em apenas perguntas aos entrevistados: os exames de sangue de quem é estudado foram avaliados, filmagens dos homens abrindo seus corações para as suas esposas sobre seus principais problemas também foram analisadas.

Esse tipo de informação é bem importante e neutra, os dados são avaliados vendo na prática como a vida dos personagens observados pode ser narrada em estatísticas.


Pessoalidade

Ao contrário disso, imagine se na nossa vivência, no dia a dia, alguém pergunta "Como é sua vida?".

Ao responder, você acaba sendo muito particular, pois recolhe o que você quer da sua vida, memórias que irão reforçar a sua intenção ao falar no momento.

Se você disser que sua vida valeu à pena, irá lembrar dos ótimos e frutíferos momentos. Se disser que sofreu muito, irá lembrar das confusões e perdas.



Foto por: FuSuSu - Pixabay




Depois de lembrar isso, vamos falar um pouco sobre os dois grupos de diferentes meios sociais da sociedade estado-unidense que participaram dessa pesquisa longa:



Grupo 1: Alunos de Harvard


O primeiro grupo começou a ser estudado no segundo ano da faculdade de Harvard e terminaram o curso durante a 2ª guerra mundial. Alguns até foram lutar na guerra.

Os rapazes cresceram e seguiram suas carreiras de trabalho, como por exemplo, medicina... e um deles até se tornou presidente dos Estados Unidos! John F. Kennedy.




Grupo 2: Garotos de Baixa renda


O segundo grupo é de um conjunto de garotos pobres na cidade de Boston.

Escolhidos por fazerem parte das famílias mais problemáticas e desfavorecidas do local, contudo, os estudados não tinham registros em atos criminosos, apenas viviam em lugares mais carentes.

Tudo isso na década de 30, onde poucos prédios populares possuíam água corrente.

Os homens com condições menos favorecidas tiveram mais chances de parar de fumar, comer de forma sensata e usar álcool com moderação em proporção às quantidades de educação (cultural, intelectual) que receberam.



Resultados


Alguns garotos pobres conseguiram se dar bem e subir muitos degraus na qualidade de vida; e alguns de Harvard até entraram para o alcoolismo, e por variados motivos, desceram os tais degraus.

Bons genes geram frutos, mas a capacidade de aproveitar gera ainda mais".


Um tom de brincadeira

Na velhice, um dos estudados perguntou ao pesquisador Robert Waldinger:

Por que você continua me estudando? Já que a minha vida não é interessante".

O palestrante que divulgou os dados que escrevo aqui respondeu: 

"Os homens de Harvard nunca me fizeram essa pergunta".

Essa resposta é humorada e se refere ao fato dos ricos serem mais encaminhados e por isso terem uma base emocional mais confiante.



Confiança


Poder confiar em pessoas próximas faz com que nossa memória fique mais intacta. A frustração e medo são gatilhos que nos estimulam a esquecer de algo para substituirmos por algo bom instintivamente.



Perfeição?

Não, calma, você não precisa ser perfeito nos relacionamentos sociais! Os erros servem para aprender, é natural que aconteça em nosso mundo tão diversificado. Se fosse tudo certo completamente não haveria variação, seria limitado. Correto?

Relacionamentos saudáveis não são uma utopia inalcançável: 
Os casais estudados às vezes tinham desentendimentos, mas eram confrontos que não diminuíam a confiança no outro, que não abalavam a estrutura mais profunda da relação.



Foto por: besnopile - Pixabay



Visão geral do estudo

George Vaillant, que dirigiu o estudo por mais de três décadas, publicou em seu livro um resumo das principais dicas que podem ser tiradas sobre isso:


Sucesso financeiro


O efeito do círculo social influenciou tanto que, em alguns casos, alguns ficaram ricos sem serem considerados inteligentes.


Inteligência


Não há diferença significativa na renda máxima auferida por homens com QI na faixa de 110 a 115 e homens com QI acima de 150.


Conclusão


Robert J. Waldinger, psiquiatra e professor na área médica em Harvard, encerrou uma palestra sobre o assunto citando uma fala de Mark Twain:

Não há tempo, a vida é curta. Curta para discussões banais, desculpas, amarguras, tirar satisfações. Só há tempo para amar, e mesmo para amar só há um instante".

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